quarta-feira, 14 de setembro de 2011

TRAVESSEIRO: SEMPRE COMPANHEIRO.

Após suportar mais um dia inteiro,
Do nada, sem agendamento,
Surgiu uma necessidade de esvair-se num pranto reparador,
Não havia dor, mas era preciso soluçar de tanto chorar.

Enquanto o tempo repousava, um choro salutar aconteceu.
Não tão demorado que causasse desitração,
Nem tão rápido que parecesse choro técnico,
Apenas com a duração suficiente para sentir-se leve 
E respirar desejo de vida, de novo.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

EXISTÊNCIA: AGREGAÇÃO SUBJETIVA


Quando o dia já escurecia e a noite vinha fria,
Alguém comentou que minha fala denunciava minha origem.

Quando a viagem somava horas de conversa e a distância diminuia,
Expliquei que tudo não passara de um ingênuo engano.
A minha linguagem não nascera no interior do Paraná,
Não fora a única por mim articulada
E nem Pitanga era sua exclusiva fonte.

Quando olhos e testas denunciavam o assombro,
Mentes aturdidas me observavam
E ouvidos inquietos aguardavam o desfecho,
Esclareci que tal qual Meu Eu, minha linguagem não é de lugar físico nenhum.
Minha linguagem é mentalmente existente, do exato lugar do Meu Eu!