segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

HISTÓRIA DE UM DIA

"Histórias mudam sempre que são contadas." Vorin, Star Treck

O dia foi breve, mas muito vivi.
Não fiquei aqui, vi muito frio e neve.
E logo que as primeiras lágrimas aqueceram o rosto,
Instantaneamente percebi que a saudade tem gosto.

O dia teve nuvem, depois sol, outra vez nuvem e chuvisco grosso.
Teve ainda teu rosto, braços protetores, olhos falantes...
E eu, distante feito o Jardim Botânico em relação à Rua XV,
Não tão longe assim, mas quase em outro mundo.

O dia se resumiu na madrugada brevemente longa.
Adormeci depois da hora zero,
Acordei às três e dezessete,
Refleti mais de vinte e quatro meses e
Lá pelas cinco do novo dia deletei uma vida.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

OUTRO DIA

O tempo passava e ele esperava. Embora soubesse o que deveria fazer, esperava. A temperatura caíra consideravelmente, mas não era o frio de 5º que o fazia esperar.
Quando o relógio despertou ele continuava acordado vendo o tempo passar. Ouviu desinteressado o alarme, não o interrompeu, deixou-o à vontade naquela manhã.
Esperava porque a repetição que todo dia apresentava há muito não era estimulante. As únicas novidades diárias que se repetiam incansavelmente eram as oscilações de seu humor e do tempo. Ele esperava porque a desvontade de encarar outro dia o dominava.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

SEM PÉ, NEM CABEÇA

A tarde veio cedo, mas em outro tempo estive.
A infância já não existe, mas de novo vem o medo.
A cada lembrança despertada, um sonho e um pesadelo,
Até acordar e perceber que de real nada vi, mas senti.