Da chegada
Em número de dois chegaram as primeiras amigas para ocupar a mesa reservada para seis. Quer dizer, chegaram após passarem direto pelo estabelecimento escolhido, encontrarem uma rua para fazer o retorno e aí sim estacionar no estacionamento amplo do bar. Já dentro, trocaram a mesa interna por outra na parte externa e papo.
Do bar
Puina's Bar, Santa Felicidade. Triste entrada para os saltos, mas um ambiente satisfatório para o estômago e feliz para a descontração.
Da informação
Nem só de GPS vivem os motoristas, um novo sistema de navegação foi testado por uma das amigas que combinaram se encontrar no Puina's. Esse novo sistema bem poderia ser chamado de "Ponto Informado", pois ele é baseado na solicitação de informações aos passageiros parados em pontos de ônibus... Mas atenção, esse sistema não garante sucesso se a pergunta não for bem formulada. De nada adianta perguntar onde é o Corpo de Bombeiros de Santa Felicidade se você não pretende ir lá. Em caso de dúvida quanto a localização de um determinado estabelecimento, sempre pergunte onde se localiza esse tal estabelecimento. Alerto apenas para evitar o ocorrido com a amiga citada acima, ou seja, parar o carro no ponto de ônibus em frente ao local pretendido e seguir até o Corpo de Bombeiros, local dado como referência, para daí retornar... Ah, detalhe totalmente inusitado: uma das amigas já sentadas no bar presenciou o ocorrido e riu gostoso, gostoso.
Dos caldinhos
Das comidinhas de boteco essa com certeza ganha no quesito esquisitice! No lugar dos tradicionais petiscos as criaturas pedem caldinho de feijão! É isso mesmo, caldinho de feijão para antes da "bebeção"! Em número de três reduzido o seis ficou e todas fizeram igual pedido. Quer dizer, igual idêntico não, um sem o "verdinho" para a amiga que não é fã de cebolinha, outro completo, inclusive com a beterraba recusada pela outra e o terceiro tal como foi servido, caldo de feijão com cebolinha e acompanhando, cenoura e beterraba raladas e três fatias de pão.
Da nhaca da Dezesseis
Acima eu contei que um dos "caldinhos" continha inclusive a beterraba recusada do prato vizinho, pois é, esse caldinho ficou tão personalizado que somente a proprietária conseguia olhá-lo e comê-lo! As amigas, nessa hora BRUXAS, o definiram como nhaca! Tstststs... Imagine! Isso apenas porque uma delas misturara todas as fatias de pão rasgado, a cenoura e beterraba raladas e mais a porção extra de beterraba... Só por isso!
Das piadas
Choraram de rir, principalmente quando a piada da vez saira da boca da Catorze. As piadas não serão escritas, pois se o forem perderão grande parte da risada.
Da defumada
Certos pratos não deveriam ser servidos em ambientes coletivos, um deles é a tal "Chapa de Mignon"! Nada agradável é precisar abandonar a mesa porque os ocupantes da mesa ao lado pedem a chapinha quentíssima e repleta de fumaça. Tanta fumaça gordurosa chegou até os fios limpos de cabelos loirinhos da Catorze, de menos loiros, mas ainda loiros da Dezesseis e dos castanhos da Vinte e Dois que por pouco a conta não foi pedida antes.
Do cantor
A música chegava até a mesa abandonada devido ao mignon fumacento, mas não era possível ver quem cantava. A forçada mudança de mesa revelou a simpatia do cantor, assim como a então percebida possibilidade de escolher o repertório.
Dos bilhetes
"Toca Legião, Eduardo e Mônica preferencialmente." Esse foi o conteúdo do primeiro bilhete saído da mesa oito, cuja remetente fora a Dezesseis. "Mantenha o programado, do Legião só uma. Ah, você toca muito! Hahahahahah..." O segundo bilhetinho foi escrito pela Catorze e por fim "Toca Raul, serve qualquer uma." e "É verdade, você manda bem." encerraram os recadinhos. A reação do músico a cada bilhete lido era compartilhada com o microfone e mais de uma vez ele constrangeu as remetentes, fazendo-as desejar não ter escrito nada e ouvido o repertório pré-selecionado.
Da bala
Muito mal posicionado, bem próximo da mesa oito, estava um baleirão cheinho de balas e claro que mais de uma foi "furtada", embora elas estivessem disponíveis aos clientes. Mas "furtar" balas não é tão simples quando três amigas tentam se entender:
-Não quero mais da "banzela", quero da outra! Anuncia a Vinte e Dois.
-É Banzé! É uma releitura da 7 Belo! Corrige a Dezesseis.
-Banzé é o que vocês estão fazendo aqui! Conclui a Catorze e todas riem doce.
Da consumidora de água
Das três, duas dividiam as garrafas de Bohemia e uma tentava contrabalançar tomando apenas água! Por "n" vezes a Catorze ofereceu água às demais, será que ela não estava suportando tomar sozinha?!
Da saideira
Tão logo a segunda garrafa de Bohemia foi consumida a saideira foi solicitada, tomada e... tão logo a terceira garrafa de Bohemia foi consumida a saideira foi ressolicitada, tomada e... tão logo a quarta garrafa de Bohemia foi consumida a saideira da saideira foi solicitada, tomada e... tão logo a quinta garrafa de Bohemia foi consumida a saideira da ressolitação da saideira foi solicitada, tomada e... tão logo a sexta garrafa de Bohemia foi consumida, as mesas verificadas e permanência de outros fregueses percebida:
-Não vou embora antes deles! Ou fecho o boteco ou sigo rumo ao dia claro! Decidida comenta a Dezesseis e a saideira derradeira foi solicita, tomada e dividida aos goles generosos com o santo a conta foi encerrada.
Da ação politicamente correta
A hora de ir embora após mais de cinco horas de papo e copos esvaziados seguidamente é o momento crítico da noite: "-E agora, o carro já aprendeu o caminho de casa?"; "O carro tem piloto automático extremamente avançado e chegará com segurança em casa?" e outras nervosas indagações surgem, revelando que motorista álcoolizado não é motorista, é passageiro. A hora de ir embora é hora de agir de acordo com a segurança: a consumidora de água é a motorista da vez, permitindo assim outras noites cheias!
