sexta-feira, 29 de maio de 2009

:-(




No porta-retrato, o riso. No passado, a alegria.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

SEGUNDO O AURÉLIO E A MANHÃ DE QUARTA-FEIRA


Esperar: vem do latim sperare, pode significar “aguardar” e é essa definição que me prende ao carro numa agradável manhã de uma recém inaugurada quarta-feira. Esperar 45 minutos passar! Espera planejada, livro camarada na mão e pensamento em revoada! Perfeito, a leitura não fluirá... O pensamento impede a concentração necessária para tal atividade e a grande inaceitabilidade de tempo perdido corrobora ainda mais para a desconcentração.


Ouvir: do latim audire e pode significar “Ouvir os sons de; escutar”. É por isso que não lerei! Eis o motivo para a desconcentração! Estou ouvindo todos os sons que chegam até meus ouvidos e escutando meus pensamentos que revoam.


Por isso uma música o precedeu. Não qualquer música, uma que eu gosto de ouvir, uma que fomenta a imaginação. Espero e escuto. E como a trilha sonora favorece, a expectativa aumenta: o motorista deve ser um espetáculo! Sim, uma boa música nos faz querer ver o belo... E o belo surge num Volkswagen branco, cantarolando e melhorando a visão inóspita que um estacionamento proporciona. 1,80 m, calculados a distância, distribuídos num corpo extremamente cuidado. Sem excessos, só harmonia. Cabelos levemente compridos, não mais que na altura dos ombros, moldavam um rosto digno de ser esculpido para apreciações da posteridade. O preto intenso de seus cabelos realçava os olhos incrivelmente azuis que encarei por instantes enquanto seus passos decididos e vigorosos o conduziram para longe de meu olhar.


Encarar: de en- + cara + -ar, “Fitar os olhos, olhando direto”. Instantes de confluência visual; sincronia pura e ingênua, apenas um leve faiscar visual. Diferentemente do flertar, que consiste em olhar intencionalmente, “namoriscar”, como diz o Aurélio. Encarar é espontâneo e instantaneamente estonteante.


A música, embora o som do Volkswagem estivesse desligado, continuava ecoando em meu cérebro e com ela meus pensamentos dispersaram-se. Outro rosto, outros olhos eram encarados e a vontade de levantar vôo e acompanhar o pensamento surgiu. Um desejo com roupagem de necessidade me consumia, assim como o relógio consumia o tempo e logo tudo cessou.


Cessar: do latim cessare. “Não continuar; interromper-se; acabar, parar”. Acabaram-se os 45 minutos e interrompeu-se o desejo de voar!
:-)


quarta-feira, 6 de maio de 2009

DESAPRENDIZAGEM

Isso! Mais uma fala, mais uma dúvida, mais uma crítica, sugestão ou o que seja... Mas que haja continuidade. Mais um pouquinho e serão 22 e 30 e com sorte encontrarei muitos alunos recém saídos da UFPR... Com mais sorte ainda não me encontrarão pessoas com más intenções! Ihhhh! Acabou!


Calma. Grande tranqüilidade transpareça e caminhe, não apresse tanto o passo, mas também não ande feito pepé. Tanta gente saindo do mesmo lugar e ninguém vai para a direção que eu tenho que ir! Também, eu tinha que vir sozinha? Deveria ter insistido o suficiente para alguém me acompanhar...


Uma quadra... É só atravessar a Praça Santos Andrade e a Rua Amintas de Barros e tudo estará menos desesperador... Alguns passos largos e atravessarei logo. Caramba, a beleza da Praça desapareceu. Tudo está sem cor, sem massa, sem graça. UM transeunte e sou eu!


Ufa! Passos rápidos, passos confiantes e ninguém passou. Pronto! Estou na redoma de lata. Agora eu passo tranquilamente pelo Passeio Público e rapidamente estarei em casa. Pronto mesmo! Desaprendi a andar sozinha!