sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

ODISSÉIA DAS MALAS - PRIMEIRA PARTE

A esteira de bagagens percorre o espaço a ela destinado por uma, duas, três e mais vezes e nenhum olhar familiar sobre mala alguma parte dos tranquilos olhos esverdeados pertencentes a uma elegante desconhecida. O tempo passa e após exaustivos 30 minutos percorrendo a esteira em cada volta iniciada ela pára, o painel que informava a procedência daquelas bagagens exibe a mensagem de: última bagagem! A "olhos esverdeados", agora já nada tranquilos desabafa:

-Como?! E a minha mala?! Pensa alto, bem alto, a feliz recém aterrisada.

Sim, todos, inclusive a "olhos esverdeados", sempre acham que isso só ocorre com os demais. Erro umbigocêntrico! Todo viajante está sujeito às "intempéries dos voos". Então, assim que o umbigocentrismo se ausenta a viajante percebe que vivenciou mais uma construtiva experiência e agora precisa apenas seguir o protocólo do turista sem mala, abrir um processo junto ao setor competente e torcer para que sua bagagem seja encontrada.

Além de o voo sair com atraso, ainda ocorre o extravio de todas as 4 malas despachadas?! Isso ela não pensou alto, apenas desabafou para outro sofredor do mesmo mal, enquanto aguardava sua vez de registrar o ocorrido.

-Boa noite, eu sou o Pedro, não o Álvarez Cabral, portanto não o descobridor de vosso país, tampouco de vossas malas, ainda assim, poderei iniciar a "odisséia das malas". Elétricamente falou o simpatissímo português logo que a vez da "olhos esverdeados" chegou.



O local é Portugal, mas decididamente o Pedro não é o Álvarez Cabral!

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