Surpresa!
As portas do teatro são liberadas e no palco já há sinal da peça. Atores e atrizes num chão repleto de roupas, principalmente escuras, executam uma coreografia repetitiva. Pouco público, muitos lugares vagos e os três avisos sonoros enfim determinam o início de "Formas Breves".
Concentração acordada: olhos e ouvidos atentos enquanto o texto é dito ou projetado. Diálogos minguados, mas desorientação abundante. Tédio presente e nus sem razão.
Tic tac tic tac tic tac...
Atenção!
A paciência se esvai: linguagem chula e mais nu! Ah, se a educação permitisse a porta seria o grande final! Pena, o final mesmo foi mais nu, bem mais nu, todos nus e as roupas e a incredulidade no ar.
Eu comprei o ingresso! Eu assisti toda a peça!
Incredulidade absoluta:
"Formas Breves" duram muito mais que a brevidade do melhor espetáculo, visitam os sonhos, acordam com o dia e continuam formando opiniões e alterando-as ao longo dos contínuos pensamentos que estimulam por tempo indetermindado.