domingo, 21 de março de 2010

FESTIVAL DE CURITIBA - IMPRESSÕES I

Surpresa!
As portas do teatro são liberadas e no palco já há sinal da peça. Atores e atrizes num chão repleto de roupas, principalmente escuras, executam uma coreografia repetitiva. Pouco público, muitos lugares vagos e os três avisos sonoros enfim determinam o início de "Formas Breves".
Concentração acordada: olhos e ouvidos atentos enquanto o texto é dito ou projetado. Diálogos minguados, mas desorientação abundante. Tédio presente e nus sem razão.
Tic tac tic tac tic tac... 
Atenção!
A paciência se esvai: linguagem chula e mais nu! Ah, se a educação permitisse a porta seria o grande final! Pena, o final mesmo foi mais nu, bem mais nu, todos nus e as roupas e a incredulidade no ar.
Eu comprei o ingresso! Eu assisti toda a peça!



Incredulidade absoluta:
"Formas Breves" duram muito mais que a brevidade do melhor espetáculo, visitam os sonhos, acordam com o dia e continuam formando opiniões e alterando-as ao longo dos contínuos pensamentos que estimulam por tempo indetermindado.


4 comentários:

  1. Menina,
    Shakespeare, S. Beckett,B. Shaw, O. Wilde, O. Vianna, Pirandello, A. Muller, N. Rodrigues... e tantos outros...
    Pena que poucos leram esses caras, né?
    Que dó me dá do teatro que estão fazendo no Brasil.

    Mas sábado damos mais uma chance!

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  2. Acho que a organização do Festival de Curitiba deveria fazer uma seleção melhor dos espetáculos, pois estão denegrindo a nossa imagem!!!!.....

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  3. Eu também tenho saído do teatro com essas mesmas impressões...
    Cadê os atores que honram a profissão desses caras citados acima pela Carla?
    Ultimamente tem se confundido teatro com exibicionismo, nem dá mais animo de ir ao teatro...
    Mas, vamos continuar insistindo! Entre 10 peças ruins sempre pode haver uma boa... mesmo que a gente demore uns 10 anos pra encontrá-la...

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  4. continuando a conversa: http://exposicoesveladas.blogspot.com/2010/03/mais-um-posto-do-festival-de-curitiba.html

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