quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Silêncio aparente

O retrato de um dia de neve Impressionista já perdeu um pouco a função,
A janela que ela criou na parede branca já não distrai tanto como em outros dias,
É dezembro e o silêncio toma conta dos arredores enquanto a mente explode.
 
Quando o imperioso retrospecto traz à tona os quase 365 dias vividos no último ano,
o branco da neve torna-se irreal, pertencente aos dias vindouros, pois os decorridos se apresentam cheios de outras cores.
Outra imagem se apresenta, complexa, bem mais próxima do Cubismo.
Tão real, cujas ações nunca estão isoladas, onde nem sempre a perfeição almejada se manifesta, destarte é o passado.
 
Nem tudo foi bem-vindo, mas existiu, inclusive a impotência diante justamente daquilo que mais controlado parecia estar e até repetição de muito do ano anterior.
É que o movimento da realidade é outro, desvincula-se de tudo que já foi visto, ignora toda interpretação obtida e segue seu percurso, sem convenção ignorante ou hipócrita, livre de si mesma.
 
Portanto, enquanto há paredes para ostentar outras imagens, 

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