ESCREVER PORQUE A MENTE DE REPENTE TRANSBORDA E AS PALAVRAS TRADUZEM A INQUIETAÇÃO OU QUIETAM O CÉREBRO.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
MAIS DO MENOS
OUTRO DIA
Mais um dia com sol encantado.
Mais um dia madrugado para ver a claridade invadir a escuridão durante o percurso rotineiro de mais um amanhecer.
Mesmo caminho.
Mesma rotina.
Mesmas pessoas, menos você.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
VIRTUALIZAR
-Extra, extra, extra! Os sentimentos abandonaram a realidade!
Os sentimentos conquistaram também o espaço virtual! Sim, eles estão migrando da realidade limitadora para a virtualidade libertadora. Eles estão refugiando-se num mundo sem fronteiras, onde tudo se torna possível e ao alcance de um enter. Eles estão abandonando o jugo da razão e adotando a voz do coração. Eles estão tentando virtualizar suas mais íntimas manifestações para assim existirem sem restrições. Eles estão fora da real!
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VIRTUALIZAÇÃO.,
VIRTUALIZAR
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Salve dia 29 de outubro: DIA NACIONAL DO LIVRO!
DE UM PASSEIO ENTRE LIVROS: SEM LIVROS
-"Curitiba, que não tem pinheiros, esta Curitiba eu viajo. Curitiba, onde o céu azul não é azul, Curitiba que viajo." E "como todos os homens da Biblioteca, viajei na minha juventude; peregrinei em busca de um livro, talvez do catálago de catálagos (...)."
-"E, quando o Sol se elevou, tendo o lago mui belo deixado, em rumo à abóboda brônzea, para iluminar os eternos deuses e os homens mortais, por sobre essa terra fecunda (...)" muitos livros
"ficaram à varanda preguiçosamente, olhando, detidos pela tranqüilidade, pela luz " e então
"eu já não me conhecia. Minha alma original parecia ter abandonado completamente meu corpo" pois a leitura deixara de ser hábito.
"-Oh, grandíssimo Deus! Quisera eu estar àquelas horas sepultado, pois morto já estava."
"-Cada um tem a sua hora, e há-de chegar a minha vez!"
O leitor de outros tempos, após informar o terapeuta de sua triste situação, "tentou abrir os olhos, mas tudo o que conseguiu enxergar foram algumas formas vagas e luzes ofuscantes. Estava chovendo. Uma chuva terrivelmente quente. Batendo em sua pele nua" de emoções há muitos livros fechadas e ignoradas.
-"A visão mística da consciência baseia-se na experiência da realidade em formas não-ordinárias de consciência, as quais são tradicionalmente alcançadas através da meditação, podem também ocorrer espontaneamente no processo de criação artística e em vários outros contextos", conclui o atento profissional ao paciente desolado.
-"Seria bom morrer agora, tu disseste..." Mas lembro-te que "em vez de cantos fúnebres aqui, junto a uma tumba, cantos triunfais no interior do palácio real celebrarão o amigo que regressa, recuperando enfim a alegria de estar bebendo na taça comum o vinho novo em comemorações". Ainda há hora para ler e reavivar o espírito que padece sem livros!
TREVISAN, Dalton. Em busca de Curitiba Perdida;
BORGES, Jorge Luis. Ficções;
HOMERO. Odisséia;
QUEIRÓS, Eça de. O primo Basílio;
POE, Edgar Allan. O gato preto;
Anônimo. Lazarilho de Tormes;
ROSA, João Guimarães. Sagarana;
BROWN, Dan. Ponto de impacto;
CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação e
ÉSQUILO. Oréstia: Agamêmnon, Coéferas, Eumênides.
-"Curitiba, que não tem pinheiros, esta Curitiba eu viajo. Curitiba, onde o céu azul não é azul, Curitiba que viajo." E "como todos os homens da Biblioteca, viajei na minha juventude; peregrinei em busca de um livro, talvez do catálago de catálagos (...)."
-"E, quando o Sol se elevou, tendo o lago mui belo deixado, em rumo à abóboda brônzea, para iluminar os eternos deuses e os homens mortais, por sobre essa terra fecunda (...)" muitos livros
"ficaram à varanda preguiçosamente, olhando, detidos pela tranqüilidade, pela luz " e então
"eu já não me conhecia. Minha alma original parecia ter abandonado completamente meu corpo" pois a leitura deixara de ser hábito.
"-Oh, grandíssimo Deus! Quisera eu estar àquelas horas sepultado, pois morto já estava."
"-Cada um tem a sua hora, e há-de chegar a minha vez!"
O leitor de outros tempos, após informar o terapeuta de sua triste situação, "tentou abrir os olhos, mas tudo o que conseguiu enxergar foram algumas formas vagas e luzes ofuscantes. Estava chovendo. Uma chuva terrivelmente quente. Batendo em sua pele nua" de emoções há muitos livros fechadas e ignoradas.
-"A visão mística da consciência baseia-se na experiência da realidade em formas não-ordinárias de consciência, as quais são tradicionalmente alcançadas através da meditação, podem também ocorrer espontaneamente no processo de criação artística e em vários outros contextos", conclui o atento profissional ao paciente desolado.
-"Seria bom morrer agora, tu disseste..." Mas lembro-te que "em vez de cantos fúnebres aqui, junto a uma tumba, cantos triunfais no interior do palácio real celebrarão o amigo que regressa, recuperando enfim a alegria de estar bebendo na taça comum o vinho novo em comemorações". Ainda há hora para ler e reavivar o espírito que padece sem livros!
TREVISAN, Dalton. Em busca de Curitiba Perdida;
BORGES, Jorge Luis. Ficções;
HOMERO. Odisséia;
QUEIRÓS, Eça de. O primo Basílio;
POE, Edgar Allan. O gato preto;
Anônimo. Lazarilho de Tormes;
ROSA, João Guimarães. Sagarana;
BROWN, Dan. Ponto de impacto;
CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação e
ÉSQUILO. Oréstia: Agamêmnon, Coéferas, Eumênides.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
SEMANA DE LETRAS UTP E MACHADO DE ASSIS
1839 - 1908 ==> 69 anos
1908 - 2008 ==> 100 anos
1908 - 2008 ==> 100 anos
Nascido em 1839 e falecido em 1908, Machado de Assis viveu 69 anos e um período de intensa criação literária. E entre suas criações estão várias personagens femininas que, mesmo após 100 anos da morte do grandioso escritor brasileiro, continuam vivas e calorosas, por isso "As Mulheres dos Romances Machadianos" merecem destaque neste ano de revisitação à Machado.
Dona Carolina, a mulher real, D. Evarista (O Alienista), Miss Dólar (Contos Fluminenses), Helena(Helena), Marcela(Memórias Póstumas de Brás Cubas), Flora(Esaú e Jacó), Capitu(Dom Casmurro), Sofia(Quincas Borba), Fidélia(Memorial de Aires), entre outras mulheres ficcionais, foram o foco da exposição realizada pelo 4º período de Letras da Universidade Tuiuti do Paraná.
A exposição foi idealizada para a 22ª Semana de Letras da Universidade Tuiuti do Paraná, que ocorreu de 20 a 24 de outubro de 2008, ocasião em que o ilustre escritor recebeu especial atenção.
"As Mulheres dos Romances Machadianos" com certeza expõem algumas peculiaridades da alma feminina e a exposição ocorrida na Semana de Letras, além de iluminar as personagens femininas, convidaram-nos a visitar ou revisitar obras exemplares da literatura brasileira.
2008 ==> A melhor maneira de falar de Machado é lendo-o!
Elina Martins
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UTP
É SER!
domingo, 26 de outubro de 2008
LEMBRANÇA ARREPENDIDA
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
AMIZADE AGENDADA
Parampam, parampam, parampam, pam...
- Diga Melissa!
- Oiê! Eu tô felizinha! O trabalho que eu apresentei foi bem recepcionado...
- Oiê! Eu tô felizinha! O trabalho que eu apresentei foi bem recepcionado...
- Que bom. Fico feliz por ti... Parabéns!
- Tu nem imaginas o quanto eu tô aliviada, Guri...
- Escute, você não pode me ligar mais tarde? Me ligue às 13 e 30 que então eu terei tempo... Pode ser?!
-
- Melissa, você me liga mais tarde?
-
- Alô! Alô!
- Não precisa... Eu já falei o que queria...
- Não, precisa sim. Ligue-me mais tarde.
- Tá, tá Marcos... Eu ligo... Um abraço.
- Outro.
- Tu nem imaginas o quanto eu tô aliviada, Guri...
- Escute, você não pode me ligar mais tarde? Me ligue às 13 e 30 que então eu terei tempo... Pode ser?!
-
- Melissa, você me liga mais tarde?
-
- Alô! Alô!
- Não precisa... Eu já falei o que queria...
- Não, precisa sim. Ligue-me mais tarde.
- Tá, tá Marcos... Eu ligo... Um abraço.
- Outro.
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AMIZADE,
INDISPONIBILIDADE,
INSENSIBILIDADE
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
TEMPO DE OUTREM
O calendário veio com defeito: -não tem controle remoto acompanhando-o!
E o pior que esse item não faz sequer parte da lista de acessórios, como filhos, marido, cachorro, quero-quero... Simplesmente o Senhor do Tempo esqueceu desse importantíssimo recurso que permitiria brecagem, retrocesso ou adiantamento, e agora estamos à mercê de um tempo que não nos pertence. Por isso, diariamente seguimos a turba e freqüentemente paramos para ver que tudo está de acordo com o ritmo de outrem...
-Cadê a opção livre-arbítrio???
OUTONO FLORIDO
PASSAGEM
- Saias, venhas pro vento,
Que já é tempo de veres e encontrares alento.
O céu está encoberto, completamente cinza, sem graça, projetando um dia descolorido, silencioso, apático. Mas o ipê amarelo do início da Rua João Tschannerl não permite o triunfo da melancolia. Ele está ali, bem no começo da primeira quadra daquela rua, para mostrar à Samantha que há tanto além do alcance de sua visão periférica; que o sol pode parecer ausente, mas continua firme, forte e presente.
- Pares, não sofras.
Flores despertadas em final de inverno também são cifras.
Suas folhas-flores intensamente amarelas e aveludadas aquecem a alma daqueles que sabem enxergar. Elas são como o dia em seu início, vazio, mas com espaço em aberto, possibilitando preenchimento no decorrer das horas. São também como a vida, no início pequeno e gradativamente se expandindo, buscando seu ápice. E ainda, generosas, transbordam-se em encantadora renda viva, refletindo seu desprendimento nato.
Se em dias de sol o ipê soma-se ao espetáculo luminoso do bom tempo, hoje ele é a principal atração, é ele o estímulo para o passo seguinte. É ele o responsável pela continuidade de sonhos em dia nublado. E Samantha percebe isso, e sente, e contenta-se com a certeza de que há um sol acima da espessa camada de nuvens.
- Vejas, enxergues, compreendas.
Os dias não voltam, mas passam.
Os grandes olhos verde-amarelados de Samantha incendeiam-se ao observar o tronco rugoso embelezado pela copa de cor delicada. Ela deleita-se com a visão, sim, ela sente um prazer inteiro, pleno, um gozo íntimo e suave, completo êxtase. Os poucos segundos que o carro demora para subir aquela rua é o tempo que dura sua contemplação; rapidez repleta de intensidade. Seu pé não quer pressionar o acelerador nessa quadra, mas o horário não permite egoísmos, é preciso seguir a marcha do tráfego matinal e continuar na fila feito formiga operária.
- Prossigas, já é hora.
Outro dia vem e este logo vai embora.
Que já é tempo de veres e encontrares alento.
O céu está encoberto, completamente cinza, sem graça, projetando um dia descolorido, silencioso, apático. Mas o ipê amarelo do início da Rua João Tschannerl não permite o triunfo da melancolia. Ele está ali, bem no começo da primeira quadra daquela rua, para mostrar à Samantha que há tanto além do alcance de sua visão periférica; que o sol pode parecer ausente, mas continua firme, forte e presente.
- Pares, não sofras.
Flores despertadas em final de inverno também são cifras.
Suas folhas-flores intensamente amarelas e aveludadas aquecem a alma daqueles que sabem enxergar. Elas são como o dia em seu início, vazio, mas com espaço em aberto, possibilitando preenchimento no decorrer das horas. São também como a vida, no início pequeno e gradativamente se expandindo, buscando seu ápice. E ainda, generosas, transbordam-se em encantadora renda viva, refletindo seu desprendimento nato.
Se em dias de sol o ipê soma-se ao espetáculo luminoso do bom tempo, hoje ele é a principal atração, é ele o estímulo para o passo seguinte. É ele o responsável pela continuidade de sonhos em dia nublado. E Samantha percebe isso, e sente, e contenta-se com a certeza de que há um sol acima da espessa camada de nuvens.
- Vejas, enxergues, compreendas.
Os dias não voltam, mas passam.
Os grandes olhos verde-amarelados de Samantha incendeiam-se ao observar o tronco rugoso embelezado pela copa de cor delicada. Ela deleita-se com a visão, sim, ela sente um prazer inteiro, pleno, um gozo íntimo e suave, completo êxtase. Os poucos segundos que o carro demora para subir aquela rua é o tempo que dura sua contemplação; rapidez repleta de intensidade. Seu pé não quer pressionar o acelerador nessa quadra, mas o horário não permite egoísmos, é preciso seguir a marcha do tráfego matinal e continuar na fila feito formiga operária.
- Prossigas, já é hora.
Outro dia vem e este logo vai embora.
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