segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

SOBROU O ESPELHO...


Imagino que era noite, horas silenciosas de uma madrugada quente e com poucas almas insones e outras tantas almas ordinárias pelas ruas. Como o muro é alto e ainda ostenta uma parafernália pontiaguda que deveria evitar possíveis escaladas, imagino também que o sujeito era bastante ágil, além de ser ladrão! Enfim, esse mesmo sujeito, após invadir patrimônio alheio, arrombou uma porta e adentrou num dos ambientes dessa residência e “coletou” objetos que ali quietos e bem guardados estavam, precisamente duas bicicletas, uma furadeira e sabe-se lá o que mais. Assim, estando carregado, partiu.
  

Dois dias depois ouvi que era quase dia, últimos minutos, já meio barulhentos, de uma madrugada e o sujeito, possivelmente o citado anteriormente, retornou para mais uma vez "coletar" objetos alheios. Ouvi também que nesta ocasião a CRIATURA resolveu arrombar a segunda porta e conhecer melhor o interior da residência. Surpresa! A casa já não estava mais sozinha, o proprietário acabara de acordar e ouvira o barulho alertante realizado pela visita indesejada. Gritos, passos rápidos, outro morador acordado e o esbulhador foge, não sem antes carregar mais uma bicicleta e talvez outros pertences que a falta não foi percebida de imediato. Mas um espelho sobrou! É! Semanas antes desses episódios o espelho de uma das bicicletas perdera seu parafuso e caíra. Ele fora guardado para posterior conserto, agora é apenas lembrança de uma bicicleta.
Desejo que o tal despojador sinta falta do espelho!

3 comentários:

  1. Eita amiga... isso aconteceu na cvasa nova ou na antiga???? Tbg desejo que o ladrão sinta falta do espelho e ainda caia da bicicleta!!! hauahauaahau, como sou má!!! kkkkkkkkkk...
    Beijooooo
    Vanessinha

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  2. Olha que quase acaba como em "a morte do leiteiro". O "coletor" neste caso, com toda certeza sentirá, sim, falta do espelho. Ainda mais se seu filho perguntar um dia de onde trouxe esta bike.
    Continue com as escrituras, está de parabéns!
    Grandioso abraço poético.

    Everton

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  3. Creio que ele não sentirá falta do espelho..., sentiria, se tivesse levado o mesmo, e deixado a bicicleta!!

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